sexta-feira, 23 de julho de 2010

Máquina "produz" água a partir do ar

 

Em Feira de Santana, na Bahia, já é possível "matar a sede" de alunos e professores de 125 escolas matam a sede com água extraída do ar. Não é resultado de nenhuma experiência de laboratório, mas da instalação de 375 máquinas que retiram a umidade do ar e a transformam em água no estado líquido.

Tecnologia nacional

O aparelho, desenvolvido pela empresa mineira HNF, “produz” a água por meio da compressão e condensação do ar, processo do qual se obtém o chamado ponto de orvalho. Para tornar o líquido potável, são utilizados três processos de filtragem. O equipamento também possui um software que regula o processo para torná-lo possível em condições variadas de temperatura e umidade do ar. Num ambiente com umidade em torno de 40% e temperatura ambiente de aproximadamente 20º C, a máquina transforma 30 litros de água em um dia.

Além de escolas, a empresa pretende colocar seus aparelhos em locais de grande circulação de pessoas, como hospitais, empresas, postos de saúde e clubes.

Mercado

Lançada em 2009, a máquina ainda tem um preço salgado: R$ 6,5 mil. Até agora, foram vendidas cerca de mil unidades no Brasil, Argentina e Angola, mas a meta da HNF é comercializar, em menos de um ano, dez mil máquinas por mês.

Para conseguir alavancar as vendas e atender também as residências, a empresa lançou nesta semana a versão doméstica do aparelho, que armazena 12 litros de água e deve chega ao mercado com o preço de R$ 2 mil.

Hoje, existem equipamentos similares no mercado internacional, mas, segundo o inventor, a máquina brasileira se diferencia pela versatilidade. A versão americana só consegue produzir água com umidade do ar mínima de 40% e temperatura de pelo menos 20º C. O equipamento da HNF funciona a partir de 10% de umidade do ar e temperatura a partir de 15ºC.

Sustentabilidade na agricultura

Outra possível utilização para os aparelhos de produção de água pela umidade do ar, de acordo com a HNF, é na agricultura. Em sua campanha institucional, a empresa diz que a aplicação em lavouras e plantações “significa o fim das secas provocadas pelas estiagens sazonais”. Uma das opções seria a substituição do método de irrigação por aspersão – quando a água cai na terra como se fosse chuva – ou pelo sistema de gotejamento, método que distribui o líquido por gotejadores que ficam próximos da base das plantas - cerca de 70% da água consumida no País é utilizada na agricultura e pecuária.

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